III Estação

[cs_content][cs_element_section _id=”1″ ][cs_element_row _id=”2″ ][cs_element_column _id=”3″ ][cs_element_headline _id=”4″ ][cs_element_text _id=”5″ ][x_tab_nav type=”four-up” float=”top”][x_tab_nav_item title=”TERCEIRA ESTAÇÃO” active=”true”][x_tab_nav_item title=”Leitura” active=”true”][x_tab_nav_item title=”Meditação” active=”false”][x_tab_nav_item title=”Oração” active=”false”][/x_tab_nav][x_tabs][x_tab active=”true”]Jesus é condenado pelo Sinédrio[/x_tab][x_tab active=”true”]Quando amanheceu, reuniu-se o Conselho dos anciãos do povo, sumos sacerdotes e doutores da Lei, que o levaram ao seu tribunal. Disseram-lhe: “Declara-nos se Tu és o Messias.” Ele respondeu-lhes: “Se vo-lo disser, não me acreditareis e, se vos perguntar, não respondereis. Mas doravante, o Filho do Homem vai sentar-se à direita de Deus todo-poderoso.”
Disseram todos: “Tu és, então, o Filho de Deus?» Ele respondeu-lhes: «Vós o dizeis; Eu sou.”
Então, exclamaram: “Que necessidade temos já de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca.” (Lc 22, 66-71)[/x_tab][x_tab active=”false”]Depois da sua prisão, Jesus é conduzido ao Sinédrio. Aí ocorre o Seu processo religioso. “Os setenta e um membros do sinédrio, a instituição máxima hebraica, estão reunidos em semicírculo à volta de Jesus. Inicia-se a audiência que compreende o procedimento habitual das sessões judiciárias: a verificação da identidade, os motivos da acusação e os testemunhos.” (Gianfranco Ravasi). Tal descrição até nos faz pensar num processo justo e legal. No entanto, a sentença já estava tomada antes do início da sessão. Jesus com as suas atitudes que nascem daquela liberdade que obedece unicamente a Deus, pôs em questão a estrutura social de então, bem como as suas certezas religiosas. Por isso mesmo, tinha de morrer, nem que para isto se tenha de apelar a testemunhas falsas. Um conselho que exteriormente aparenta justiça e devoção, mas que está minado pela injustiça, decide a morte do justo, recorrendo à mentira. “No lugar estabelecido pelo direito, na casa da sabedoria, no espaço reservado à confissão do Deus da verdade, Jesus é julgado réu de morte porque disse e fez a verdade.” (Enzo Bianchi)
Também hoje é mais fácil denegrir, retirar credibilidade, matar do que se deixar interrogar e converter. Qual é a postura que adotamos ante aquelas pessoas que com o seu estilo de vida coerente e a sua palavra clarividente põem a nu a falsidade dos nossos esquemas e convidam-nos à mudança? Acolhemos as suas advertências como graça e fonte de mudança ou apressamo-nos a descredibilizá-los e a eliminá-los para que não nos incomodem?
Diante dos acusadores ferozes, Jesus mantém um silêncio eloquente. O silêncio de Jesus é o silêncio do Servo Sofredor. Num clima de preconceitos e prejuízos, tudo o que uma pessoa diz será mal entendido e usado contra ela. Manter o silêncio nestas ocasiões é apostar na humildade que constrói a paz e rejeitar a verborreia do orgulho que adensa os conflitos e a violência.
O eloquente silêncio de Cristo só é quebrado ante a interrogação sobre a sua identidade: “Tu és, então, o Filho de Deus?” Há respostas que não podemos esquivar-nos de dar, pois dizem a verdade de nós próprios. Num mundo em que a perseguição aos cristãos é uma realidade que se encontra ao virar da esquina, a coragem do testemunho de Jesus não deixa de nos interpelar e convida-nos a, mesmo nas situações mais adversas, dar o nosso firme testemunho da Verdade que é Cristo. “A cada novo horror ou crime devemos opor um novo fragmento da verdade e de bondade que conquistamos em nós mesmos. Podemos sofrer, mas não devemos sucumbir.” (Etty Hillesum)[/x_tab][x_tab active=”false”]Senhor Jesus que conheceste a incompreensão e a perseguição injusta, olha para a tua Igreja que ainda hoje é perseguida simplesmente por anunciar a Verdade que és Tu. Concede-nos o Espírito de fortaleza para sempre e em toda a parte darmos testemunho da nossa identidade cristã. Perdoa-nos todas as vezes que, movidos pelos nossos preconceitos e prejuízos, condenamos os outros simplesmente porque nos incomodavam. Ensina-nos a “fazer silêncio naquelas situações … onde uma autodefesa representaria um comportamento orgulhoso” (Carlo Maria Martini), e por isso mesmo uma ameaça à paz. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.[/x_tab][/x_tabs][/cs_element_column][/cs_element_row][/cs_element_section][/cs_content]