II Estação

[cs_content][cs_element_section _id=”1″ ][cs_element_row _id=”2″ ][cs_element_column _id=”3″ ][cs_element_headline _id=”4″ ][cs_element_text _id=”5″ ][x_tab_nav type=”four-up” float=”top”][x_tab_nav_item title=”II ESTAÇÃO” active=”true”][x_tab_nav_item title=”Leitura” active=”true”][x_tab_nav_item title=”Meditação” active=”false”][x_tab_nav_item title=”Oração” active=”false”][/x_tab_nav][x_tabs][x_tab active=”true”]Traído por Judas, Jesus é preso.[/x_tab][x_tab active=”true”]Ainda Ele estava a falar quando surgiu uma multidão de gente. Um dos Doze, o chamado Judas, caminhava à frente e aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus disse-lhe: “Judas, é com um beijo que entregas o Filho do Homem?” Vendo o que ia suceder, aqueles que o cercavam perguntaram-lhe: “Senhor, ferimo-los à espada?” E um deles feriu um servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio, dizendo: “Basta, deixai-os.” E, tocando na orelha do servo, curou-o. Depois, disse aos que tinham vindo contra Ele, aos sumos sacerdotes, aos oficiais do templo e aos anciãos: “Vós saístes com espadas e varapaus, como se fôsseis ao encontro de um salteador! Estando Eu todos os dias convosco no templo, não me deitastes as mãos; mas esta é a vossa hora e o domínio das trevas.” (Lc 22, 47-53)[/x_tab][x_tab active=”false”]A noite da Paixão é a “noite do amor traído” (Bruno Forte). Nas trevas noturnas aparece a figura tenebrosa do traidor, de Judas Iscariotes, “o predileto de Jesus e o nosso irmão.” (Primo Mazzolari) Este mistério interpela-nos e coloca-nos alerta contra o risco sério da traição.
O que levou Judas a trair Jesus? O evangelista João apresenta Judas Iscariotes como ladrão e egoísta (cf. Jo, 12, 4-6). Quantas vezes os valores mais sagrados são sacrificados por uns míseros euros! No entanto, não foi somente a ambição que conduziram Judas à traição. Talvez a desilusão com o estilo de vida e de ação que Jesus adotará, talvez a vontade de forçar Jesus a mostrar o seu poder levaram Judas a ignóbil traição. O estilo de vida do Nazareno, ainda hoje, defrauda as expectativas de não poucos cristãos que à primeira oportunidade abandonam o caminho do Senhor Crucificado, buscando os caminhos do ter, do poder e do prazer. Que nenhuma ilusão ou desilusão me conduza à traição!
Se a traição de um amigo é suficientemente perturbadora, mais transtornante aparece quando é realizada através do sinal do beijo. Exteriormente, Judas mostrava o seu afeto para com o seu Mestre, mas na verdade estava a traí-lo, a entregá-lo à morte. O valor de uma ação não reside apenas na exterioridade do ato, mas também na intenção com que a realizamos. A quantas prostituições de gestos de amor, ainda hoje assistimos! Quantos gestos de amor e doação são praticados com intenções nefastas, egoístas e desumanas!
A esta traição Jesus responde, não com a violência, mas com o amor que desmascara a situação e chama à conversão: “Judas, é com um beijo que entregas o Filho do Homem?” Jesus chama Judas, quer acordá-lo do seu pecado, quer fazê-lo despertar do desespero, da ilusão desiludida e da cobiça. “O amor nunca abandonará o amado infiel nem mesmo quando este preferir o amor das trevas.” (Bruno Forte)
À traição e subsequente prisão de Jesus, os discípulos respondem com a violência e com o abandono, tentações a que ainda hoje somos sujeitos. No entanto, não é o mal que termina com o mal, mas somente o bem. Quando à violência respondemos com violência, não a eliminamos, mas somente a aumentamos. No hoje salvífico, onde tomamos conhecimento das ignóbeis traições de tantos discípulos de Jesus, a vontade de fugir é forte. No entanto, a infidelidade e a traição nunca podem ser um motivo para desertarmos, mas um imperativo de nos esforçarmos a viver com mais coerência o nosso discipulado. [/x_tab][x_tab active=”false”]Senhor Jesus, amigo fiel que nunca nos abandonas apesar das nossas traições e sempre nos chamas, que as nossas ilusões e desilusões, o nosso desespero e a nossa ambição nunca nos levem à traição e deserção. Que os gestos de amor praticados estejam sempre impregnados da verdade da caridade e que a resposta à violência seja sempre a mansidão e a perseverança, porque “a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas.” (Santa Teresa de Lisieux). Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.[/x_tab][/x_tabs][/cs_element_column][/cs_element_row][/cs_element_section][/cs_content]