Sim à vida religiosa Passionista: ALEGRA-TE, SÊ PACIENTE, e ORA

No passado dia 9 de Janeiro, pelas 10h00m, a comunidade passionista de Santa Maria da Feira acolheu o “sim” perpétuo do André Michael Almeida Pereira à vida religiosa passionista. A celebração foi presidida pelo Padre Paulo Correia (Consultor Provincial), delegado pelo Superior Provincial, Padre Luigi Vaninetti para acolher os votos emitidos pelo jovem.

A manhã fria que se fazia sentir foi aquecida pelo calor humano dos religiosos passionistas portugueses, do Padre José Carlos (Vigário de Santa Maria da Feira), do Diácono Carlos Filipe (da paróquia de Louredo), dos pais, irmão e familiares do André, da comunidade paroquial de Louredo e alguns dos seus amigos. As circunstâncias atuais e a vida concreta de cada pessoa, em alguns casos, não permitiram a presença física, mas, sem dúvida,  marcaram presença através da simplicidade e força da oração.

O ambiente sereno e acolhedor levou todos os presentes a viver a celebração da Eucaristia com fé e esperança. O uso das máscaras, por causa da pandemia, impediram  ver os sorrisos daqueles que, durante alguns anos, viram nascer, crescer e maturar a vocação do André; mas permitiram, entretanto, contemplar o olhar brilhante de emoção, alegria e entusiasmo. Diante da Igreja peregrina, isto é de todo o povo, o André Pereira consagrou-se a Cristo emitindo os votos de pobreza, castidade, obediência e meditação e anúncio da Paixão de Cristo, por palavras e por obras. Este último voto carateriza os Passionistas: é a chave que nos permite abrir as portas do nosso coração para encontrarmos e darmos voz aos crucificados do nosso tempo.

Olhando para o Crucificado vemos que a Paixão de Cristo é a realidade suprema na qual o Amor é manifestado através de gestos e palavras de dor. Gestos e palavras que encontram todo o sentido na expressão de São Paulo apóstolo: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, e perseverai na oração” (Rm 12, 12). Aspetos essenciais e importantíssimos na vida religiosa e na vida de cada um; aspectos que, sendo bem vividos, fazem de cada um de nós um colaborador ativo no sonho do Papa Francisco: viver a teologia do encontro. Consagrando-se perpetuamente ao Senhor, o neo-professo compromete-se a olhar, para aqueles que encontra, com misericórdia e esperança, e com o desejo de escutar, compreender e rezar com e por cada pessoa que cruzar o seu caminho; muitas vezes sem ter de fazer grandes coisas, porque «uma simples palavra de amor basta» (São Paulo da Cruz). Uma simples palavra é suficiente para pintar a imagem de Jesus (ou seja, fazê-Lo conhecer) nas almas que entram na história da nossa vida (cfr. Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, Manuscrito C).

Um agradecimento final e merecido (da parte do André Pereira):

“Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo dom da vida e da vocação. Depois agradeço aos meus “três amores”, os meus pais e o meu irmão, por me acompanharem neste caminho desde o início, por estarem comigo em todos os momentos. Agradeço também aos meus avós paternos pelos valores transmitidos na minha infância. Neste dia da Profissão Perpétua, o meu avô celebra já junto de Deus a alegria vivida por todos nós neste momento.

De seguida, dirijo uma palavra de gratidão e de estima a todas as comunidades passionistas portuguesas, que durante estes anos estiveram unidas a mim pela oração. Quero, neste momento, dirigir uma palavra de gratidão a quatro pessoas com quem vivi alguns momentos únicos e essenciais da minha formação: Andrea Deidda, Carlo Maria Romano, Pasqualino Salini e Gaetano Cagnazzo. Aos restantes estudantes e colegas de caminho agradeço o dom da amizade, e encorajo a que continuemos a viver com esperança o futuro. Permitam-me uma palavra especial a quem me abriu as portas desta casa: o Padre Francisco Pinho, e a todos aqueles que foram meus formadores: Padre Armindo Ferreira (no postulantado), Padre Carlo Scarongela e Daniele Curci (Mestre e vive-mestre, respetivamente, de Noviciado), e os Padres Maurizio Cino e Francesco di Feliceantonio (no estudantado). Quero agradecer ainda e de um modo muito especial ao padre Luigi Vaninetti pela amizade e por tudo o que partilhamos ao longo destes anos de caminho. Recordo, também, neste dia as comunidades passionistas da Scala Santa e de Casaloti (e neste caso também os paroquianos), nas quais vivo e exerço as atividades pastorais propostas pelas mesmas. Visto que no dia da Profissão Perpétua não tinha um discurso preparado aproveito este momento para dirigir uma palavra de gratidão ao Padre Laureano Alves, ao Padre Nuno Ventura, ao Padre José Carlos, ao Padre Rosario Fontana, ao Padre Matteo Nonini, ao Padre Benedetto Manco, e ao meu pároco Eugénio Pinho pela presença amiga e encorajadora no meu caminho vocacional.

Termino, agradecendo aos grupos corais que com o canto tornaram mais bela a celebração: os três coros de Louredo e os dois de Gião, e aos elementos da Banda Marcial do Vale que marcaram presença a nível instrumental. Uma palavra de gratidão também aos acólitos que colaboraram no serviço litúrgico, e aos leitores. Com a intenção de não querer esquecer ninguém dirijo um MUITO OBRIGADO a todos, presentes e ausentes, neste dia; sobretudo por termos partilhado ao longo da vida momentos únicos em Cristo. Agradeço a todos, porque cada um sabe concretamente o quanto colaborou no meu caminho vocacional e quanto amor, atenção e estima partilhou comigo até ao dia de hoje. Continuemos a viver na alegria, a ser pacientes e a rezar para que eu viva bem a minha vocação, mas também para que brotem novas e belas vocações na Igreja e de um modo especial na nossa congregação.”

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