VII Estação - Jesus é carregado com a Cruz
por P. Nuno Ventura Martins, CP in Notícias de Viana
Jesus é carregado com a Cruz
“Depois de terem escarnecido dele, despiram-lhe a púrpura e vestiram-lhe as suas vestes. E levaram-no para fora, então, para o crucificarem.” (Mc 15,20)
Nesta estação, somos convidados a olhar para Jesus que toma a cruz e inicia a caminhada em direção ao lugar da sua condenação, fora das muralhas. E este caminho, Cristo realiza-o por nós, em nosso lugar e connosco. “Jesus leva a cruz, o primeiro da fila daqueles que querem voltar para Deus.” (Enzo Bianchi) Jesus, ao tomar a sua cruz, abraça tudo aquilo que nos pesa e impede de caminhar. Com Ele, é mais fácil caminhar em direção ao Pai.
Ao olhar para a Senhor dos Passos, carregado com a cruz, somos convidados a descobrir a verdadeira identidade de Deus, a abraçar, com convicção, a nossa cruz e a darmo-nos conta como ainda hoje conduzimos para fora das nossas cidades, para as periferias tantos condenados.
O Deus cristão não é o deus imóvel, o deus fechado em si mesmo, o deus incapaz de se compadecer da humanidade. Pelo contrário, o Deus revelado por Jesus, especialmente na sua Paixão, Morte e Ressurreição é o Deus que não suporta a infelicidade do pecado e do sofrimento em que o homem vive e que por isso mesmo se apressa a visitar o seu povo para o salvar. “Bendito seja Deus que visitou e redimiu o seu povo.” (Lc 1, 68)
Aí está diante dos nossos olhos a imponente imagem do Senhor dos Passos com a sua magistral lição: “Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-me” (Lc 9, 23). Na verdade, se o caminho de Jesus foi o caminho da cruz, outro não pode ser o caminho de cada discípulo individualmente e da Igreja na sua totalidade do que o caminho da cruz. Assim nos recorda o concílio Vaticano II: “tal como Cristo consumou a redenção na pobreza e na perseguição, também a Igreja, para poder comunicar aos homens o fruto da salvação, é chamada a percorrer o mesmo caminho …. A Igreja ama todos os angustiados pelo sofrimento humano, reconhece mesmo a imagem do seu fundador, pobre e sofredor, nos pobres e nos que sofrem, esforça-se por lhes aliviar a indigência e neles deseja servir a Cristo”. (LG 8) Será o caminho da cruz e só esse, sem nenhum atalho e nenhum desvio, o caminho dos discípulos do Senhor Crucificado.
No entanto, Jesus não caminha com a sua cruz para um lugar qualquer. Jesus é conduzido para fora da cidade, para aí ser crucificado. Ainda hoje, voltamos a assistir a esta cena. Os crucificados de hoje, os cristos em chaga de hoje ainda são colocados fora das cidades, são colocados nas periferias para não nos incomodarem. “Longe da vista, longe do coração.” Muitas vezes, em vez de nos empenharmos na resolução dos problemas que causam o sofrimento e de apostarmos na integração dos diferentes, preferimos escondê-los, exilá-los e barrar-lhes a entrada nas nossas cidades para não nos importunarem. Podemos ver, no rosto de todas as vítimas de segregação, em todos os refugiados que encontram fronteiras e corações fechados, em todos os excluídos, o rosto de Cristo que é levado para fora das muralhas da cidade santa, para aí ser crucificado.
Ao olhar para a Senhor dos Passos, carregado com a cruz, somos convidados a descobrir a verdadeira identidade de Deus, a abraçar, com convicção, a nossa cruz e a darmo-nos conta como ainda hoje conduzimos para fora das nossas cidades, para as periferias tantos condenados.
O Deus cristão não é o deus imóvel, o deus fechado em si mesmo, o deus incapaz de se compadecer da humanidade. Pelo contrário, o Deus revelado por Jesus, especialmente na sua Paixão, Morte e Ressurreição é o Deus que não suporta a infelicidade do pecado e do sofrimento em que o homem vive e que por isso mesmo se apressa a visitar o seu povo para o salvar. “Bendito seja Deus que visitou e redimiu o seu povo.” (Lc 1, 68)
Aí está diante dos nossos olhos a imponente imagem do Senhor dos Passos com a sua magistral lição: “Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-me” (Lc 9, 23). Na verdade, se o caminho de Jesus foi o caminho da cruz, outro não pode ser o caminho de cada discípulo individualmente e da Igreja na sua totalidade do que o caminho da cruz. Assim nos recorda o concílio Vaticano II: “tal como Cristo consumou a redenção na pobreza e na perseguição, também a Igreja, para poder comunicar aos homens o fruto da salvação, é chamada a percorrer o mesmo caminho …. A Igreja ama todos os angustiados pelo sofrimento humano, reconhece mesmo a imagem do seu fundador, pobre e sofredor, nos pobres e nos que sofrem, esforça-se por lhes aliviar a indigência e neles deseja servir a Cristo”. (LG 8) Será o caminho da cruz e só esse, sem nenhum atalho e nenhum desvio, o caminho dos discípulos do Senhor Crucificado.
No entanto, Jesus não caminha com a sua cruz para um lugar qualquer. Jesus é conduzido para fora da cidade, para aí ser crucificado. Ainda hoje, voltamos a assistir a esta cena. Os crucificados de hoje, os cristos em chaga de hoje ainda são colocados fora das cidades, são colocados nas periferias para não nos incomodarem. “Longe da vista, longe do coração.” Muitas vezes, em vez de nos empenharmos na resolução dos problemas que causam o sofrimento e de apostarmos na integração dos diferentes, preferimos escondê-los, exilá-los e barrar-lhes a entrada nas nossas cidades para não nos importunarem. Podemos ver, no rosto de todas as vítimas de segregação, em todos os refugiados que encontram fronteiras e corações fechados, em todos os excluídos, o rosto de Cristo que é levado para fora das muralhas da cidade santa, para aí ser crucificado.
Senhor Jesus, ao contemplar-te com a cruz aos ombros descubro o verdadeiro rosto de Deus. Tu és o Senhor dos Passos que se aproximam, visitam e salvam a humanidade. Obrigado pelo teu amor apaixonado que te levou a percorrer o caminho da cruz e nos ensinou a caminhar. Que a tua Igreja saiba sempre percorrer o caminho da Cruz, pois só esse caminho é que conduz à ressurreição e à glória. Que nunca esconda nem me esconda do sofrimento do irmão, deste imperativo ético, que reclama a minha ação. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.