XI Estação

[cs_content][cs_element_section _id=”1″ ][cs_element_row _id=”2″ ][cs_element_column _id=”3″ ][cs_element_headline _id=”4″ ][cs_element_text _id=”5″ ][x_tab_nav type=”four-up” float=”top”][x_tab_nav_item title=”XI ESTAÇÃO” active=”true”][x_tab_nav_item title=”Leitura” active=”true”][x_tab_nav_item title=”Meditação” active=”false”][x_tab_nav_item title=”Oração” active=”false”][/x_tab_nav][x_tabs][x_tab active=”true”]Jesus promete o seu Reino ao bom ladrão[/x_tab][x_tab active=”true”]“Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: ‘Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.’ Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: ‘Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas ações mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.’ E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.’ Ele respondeu-lhe: ‘Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.’ (Lc 23, 39-43)[/x_tab][x_tab active=”false”]Os pecadores sempre foram a companhia predileta de Jesus. (cf. Lc 5, 31-32) Se assim o foi ao longo de toda a sua vida e ministério, não podia ser diferente na hora extrema da cruz, onde Deus, em Cristo, estava a reconciliar o mundo consigo (cf. 2 Cor 5, 19). Jesus é crucificado no meio de dois malfeitores, levando ao extremo a sua solidariedade com a humanidade pecadora.
Os chefes dos Judeus, encarcerados nas suas certezas religiosas e na comodidade da ordem estabelecida, e os seus conterrâneos não reconheceram, em Jesus e na sua obra, o Messias e o Ano da Graça que se estava a iniciar. (Cf. Lc 4, 16-30) Os discípulos, quando ouviam Jesus falar da cruz, enchiam-se de medo e nada entendiam nem queriam entender deste caminho do Mestre que será também o seu caminho. (cf. Lc 9, 30-45) Só os pecadores é que entendiam quem era Jesus e a força salvadora que dele dimanava. (cf. Lc 15,1)
Tal situação volta-se a repetir, na hora da cruz. Os chefes dos judeus, um dos malfeitores e os soldados zombavam de Jesus. Os discípulos, com medo e não entendendo um messianismo que passasse pela cruz, afastam-se de Cristo e deixam-no sozinho. O único que reconhece Jesus como Deus Salvador e Rei é um dos malfeitores: “Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.”
A esta súplica do malfeitor, respondeu o Senhor do alto da cruz, daquele altar da Misericórdia, com a sua segunda palavra: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.” Palavra essa que põe em evidência as três características da salvação cristã: é para hoje, é com Jesus e é para todos! A salvação que Jesus oferece não é uma realidade atemporal, começa agora, no hoje da nossa vida. (cf. Lc 2, 11; 4, 21; 19, 9; 23,43) Mas a salvação é também um estar com Jesus. Da resposta do Crucificado, concluímos que o Paraíso não é um lugar ou uma possessão de coisas. O Paraíso “não é um lugar de fábula, e tampouco um jardim encantado. O paraíso é o abraço com Deus, Amor infinito.” (Papa Francisco) Por fim, a salvação é para todos. Demonstração clara desta verdade, é o facto do bom ladrão ser o único santo “canonizado”, pelo próprio Jesus. Nenhuma situação de mal, de pecado, de morte é insanável para a misericórdia de Deus. Não te esqueças que Cristo na Cruz está de braços abertos. E neste abraço do Crucificado cabem todos os homens de todos os lugares e tempos. Poderemos nós recusar o abraço misericordioso de Deus, em Cristo Crucificado que nos oferece o Paraíso?
A grande diferença que há não é entre não pecadores e pecadores. Todos somos humanos, frágeis e pecadores. (cf. 1 Jo 1, 8-10) Mas, há uma grande diferença entre pecadores que recusam o perdão e pecadores que se abrem à misericórdia oferecida. “A salvação, a santidade, consistirá finalmente em nos apercebermos da nossa verdade, ou seja, de que estamos feridos, somos limitados, frágeis; mas ao mesmo tempo, objeto do amor ‘louco’ de Deus que – precisamente porque somos feitos assim – vem visitar-nos e habitar-nos.” (Paolo Scquizzato) A santidade é saber aceitar a misericórdia e o perdão de Deus. O Papa São João Paulo II oferece-nos a mais bela e completa definição de santo que conheço: “O santo é um pecador que nunca desiste.” [/x_tab][x_tab active=”false”]Senhor Jesus, ao olhar para ti de braços abertos na cruz, sinto o abraço da tua ternura. Ao ouvir a tua segunda palavra, experimento a alegria da misericórdia. O teu amor não conhece limites. Para Ti não existem situações irreparáveis e causas perdidas. Maior que o meu pecado, é a tua misericórdia que tudo reconstrói. Obrigado por nunca desistires de mim e pelo dom da salvação, da vida em abundância, que me ofereces na cruz. Dá-me a coragem de reconhecer a minha fragilidade e de a colocar nas tuas mãos, porque em ti, como nos recorda Santo Agostinho, tudo pode ser transformado em graça. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.[/x_tab][/x_tabs][/cs_element_column][/cs_element_row][/cs_element_section][/cs_content]