Encontro de Formação do Voluntariado Passionista

No passado dia 23 de fevereiro, o VP contou com a presença de um convidado especial, o Padre Amaro Ferreira, natural de Oliveira de Azeméis, Missionário da Boa Nova, para uma conversa e troca de experiências sobre a Missão Ad Gentes.

Interpelado pelo VP, o Padre Amaro recordou a sua entrega ao serviço de várias Missões em Moçambique, nomeadamente na Missão de Maputo, Matola e na Missão de Chibuto, onde viveu a maior parte da sua experiência missionária, tendo presidido à Paróquia do Sagrado Coração de Jesus.

Entre as muitas histórias que enriqueceram os 12 anos de Missão em terras africanas, abordamos especialmente a incansável dedicação na procura da dignificação das condições de vida da população local.

Destacamos alguns projetos lançados pelo P. Amaro que, nascidos “da” e “para” a comunidade local, fazem a diferença na vida de tantos: a cesta básica, para combate à desnutrição, o projeto Mais Vida, dedicado a recém-nascidos e mamãs para prevenção da transmissão de HIV-SIDA através da nutrição e assistência medicamentosa, a assistência escolar, a construção de mais de 250 casas para a comunidade, o microcrédito e até a criação de pintainhos em espaços comunitários para o financiamento da comunidade, entre muitos outros.

Numa abordagem bastante sincera, o Grupo refletiu também sobre as dificuldades sentidas na Missão: as diferenças culturais, a barreira linguística, as necessidades que são prementes, os escassos recursos alimentícios, educacionais, financeiros, o difícil acesso à saúde, a segurança, etc. Tratam-se de problemas transversais a todas as comunidades e surgem num escala inquietante, obrigando muitas vezes a desafiar a criatividade e, em muitas outras situações, a confiá-las à providência e ao cuidado de Deus.

A experiência pessoal e os valores do P. Amaro inspiraram o VP na consolidação dos seus ideais: a partida missionária é um serviço de abnegação, exige preparação e amadurecimento, requer perseverança e conhecimento da realidade local, implica um trabalho contínuo.

Atrevemo-nos a dizer que, para nós, leigos missionários, a verdadeira Missão começa quando nasce uma inquietude no nosso coração. Algo que nos apela ao trabalho pelo outro, por quem não conhecemos, por quem não nasceu com as mesmas oportunidades. A Missão começa em nós e para o outro.

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