Paulo Francisco Danei, fundador da Congregação da Paixão, é considerado o maior místico do seu século. Mas, tal como nós, era também um buscador, com um coração inquieto. A sua vida foi uma intensa jornada de anuncio do Amor aos corações adormecidos.
Começou a sua missão aos pés da cruz. Terminou a sua missão aos pés da cruz. Junto à cruz encontrou sentido para a vida e para o caminho.
Paulo Danei nasceu no dia 3 de janeiro de 1694, em Ovada – Itália. Desde pequeno que sentia uma atração forte pela Paixão de Jesus.
Com 19 anos, o pai tenta arranjar-lhe noiva e pretende que o filho siga os seus passos como vendedor. Mas Paulo tinha o desejo de entregar-se a Deus, talvez pelo martírio. Alista-se como soldado. Mas muda rapidamente de ideias…
Um dia, enquanto escutava um sermão, sente que Deus lhe pede uma vida de maior entrega. E começa a jornada espiritual de Paulo….
S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, nascido Francisco Possenti, nasceu em Assis, na Itália, a 1 de março de 1838. Quando a sua mãe, Inês Frisciotti, morreu, tinha ele quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou no Colégio Jesuíta até aos dezoito anos. Aí conheceu o fascínio do mundo. No entanto, secundando as chamadas da graça, decidiu deixar tudo para ingressar na Congregação da Paixão de Jesus Cristo em 1856.
A sua vida religiosa consistiu em realizar o modelo de uma existência crucificada para o mundo, plenamente aberta à união com Deus e ao exercício de todas as virtudes, particularmente a humildade e a obediência. Distinguiu-se pela sua devoção a Nossa Senhora das Dores, especial característica da sua espiritualidade, a par do seu amor incondicional por Jesus Crucificado.
Morreu em Isola del Gran Sasso, nos Abruzzos, em 27 de Fevereiro de 1862, com apenas 24 anos de idade.
Foi beatificado em 1908, e canonizado a 13 de Maio de 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.
Em 1926 foi declarado co-padroeiro da Juventude Católica Italiana e, em 1959, padroeiro principal dos Abruzzos – Itália. Junto ao seu sepulcro ergue-se agora um grandioso santuário, meta de piedosas peregrinações e centro de irradiação religiosa.
A figura deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o “Santo do Sorriso”, caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e conquista cada vez mais o coração de muitos jovens, que se pautam pelo seu exemplo para ajudar o próximo e de união íntima a Deus.
São Vicente Maria Strambi nasceu em Civitavechia, na Itália, a 1 de Janeiro 1745. Pouco tempo depois da sua ordenação sacerdotal entrou na Congregação Passionista, recentemente fundada.
Trabalhou na promoção da vida cristã, através da pregação da Paixão de Cristo, percorrendo quase toda a Itália.
Escreveu livros de carácter doutrinal e piedoso. Entre os últimos, sobressai o folheto sobre o Preciosíssimo Sangue.
Distinguiu-se como director de almas. Com o seu conselho ajudou, entre outros, S. Gaspar de Búfalo e a beata Ana Maria Taigi.
Consagrado Bispo de Macerata e Tolentino, promoveu com zelo apostólico a reforma do clero e do povo, agindo como verdadeiro pastor do seu rebanho. Nos conflitos políticos do seu tempo, mostrou-se um intrépido defensor da liberdade da Igreja, preferindo o desterro ao juramento de fidelidade às usurpações napoleónicas. De regresso à Diocese, brilhou ainda mais a sua solicitude pastoral e a sua grande caridade para com os pobres.
O Papa Leão XII chamou-o ao Quirinal como conselheiro. Ali morreu no dia 1 de Janeiro de 1824, depois de ter oferecido a sua vida ao Senhor, em lugar do Papa gravemente doente.
Tendo sido canonizado a 11 de Junho de 1950, os seus restos mortais repousam desde 1957 em Macerata.
São Inocêncio da Imaculada, nascido Manuel Canoura Arnau, nasceu a 10 de Março de 1887 em Santa Cecília do Vale de Oro, Diocese de Mondoñedo, Espanha.
Passionista desde o dia 27 de Junho de 1905, sacerdote desde 20 de Setembro de 1913, desempenhou com grande entrega o sagrado ministério em várias comunidades da sua província religiosa (Preciosíssimo Sangue).
Na chamada «Revolução de Astúrias de 1934», enquanto celebrava a Eucaristia no colégio dos Irmãos das Escolas Cristãs de Turón, foi feito prisioneiro juntamente com a comunidade de oito irmãos lazaristas, tendo sido todos eles fuzilados no dia 9 de Outubro do mesmo ano.
Foi beatificado por João Paulo II a 29 de Abril de 1990 e canonizado pelo mesmo Papa a 22 de Novembro de 1999.
São Carlos de Santo André, nascido João André Houben, nasceu em Munstergeleen, na Holanda, no dia 11 de Dezembro de 1821.
Tomada a decisão de consagrar a sua vida a Deus, entrou no noviciado passionista de Ere, na Bélgica, no ano de 1845, onde professou no dia 10 de Dezembro de 1846. Ordenado sacerdote em 21 de Dezembro de 1850, foi destinado, em 1852, à nova fundação passionista de Inglaterra, onde o beato Domingos Barberi, que tinha falecido recentemente, tanto tinha trabalhado pelo regresso dos irmãos separados da fé católica.
O beato Carlos Houben, seguindo o exemplo do beato Domingos, apóstolo do Ecumenismo, trabalhou infatigavelmente pelo bem das almas e pela unidade da Igreja, primeiro em Inglaterra e depois na Irlanda, onde faleceu com grande fama de santidade no dia 5 de Janeiro de 1893, vigília da Epifania do Senhor.
Homem de grande vida interior ao estilo do Fundador, S. Paulo da Cruz, e dos primeiros passionistas, distinguiu-se pelo apostolado das bênçãos e da reconciliação mais do que pela pregação.
Foi beatificado por João Paulo II a 16 de Outubro de 1988 e canonizado por Bento XVI a 3 de Junho de 2007.
Gema, que em italiano significa jóia, nasceu a 12 de Março 1878, perto de Lucca, Itália.
Seus pais, de origem nobre, formavam uma família católica tradicional, de nome Galgani, que foi abençoada com oito filhos.
Gema, a quinta a nascer e a primeira menina da família, desenvolveu uma atracção irresistível pela oração, incutida pela sua mãe, desde muito pequena.
Ao ficar orfã de mãe, passou a ter muito trabalho doméstico e muitos problemas pessoais e espirituais, vivendo sempre uma vida de pureza, na ânsia contínua do Paraíso. À morte do seu pai foi recebida caritativamente por uma família de virtudes cristãs. Consagrada ao Senhor pelo voto de virgindade, entregou-se com ardor à conquista da perfeição. Distinguiu-se por uma ardente devoção à Eucaristia e a Jesus Crucificado, do qual experimentou, no seu próprio corpo, os principais sofrimentos, inclusivamente as chagas nas mãos, nos pés e no peito. O Senhor enriqueceu-a com singulares carismas sobrenaturais, oferecendo-se, ela mesma, como vítima pela conversão dos pecadores.
Aspirou intensamente ingressar no convento das religiosas passionistas de clausura, do qual era director espiritual o P. Germano, colega de noviciado de S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, o qual, por sua vez, era igualmente conselheiro espiritual de Gemma Galgani, mas foi rejeitada devido à sua fragilidade física, saúde precária e por ter visões místicas.
Não podendo alcançar a realização do seu ideal de entrar no convento, deu um maravilhoso exemplo de santidade no meio do mundo, como leiga, vivendo a espiritualidade passionista. Faleceu no Sábado Santo, 11 de Abril de 1903, em Lucca.
Foi beatificada a 14 de Maio de 1933 e canonizada pelo Papa Pio XII a 2 de Maio de 1940.
A sua devoção foi crescendo e ganhando cada vez mais popularidade entre os fiéis, fazendo-os aproximar da espiritualidade passionista, e sendo ela própria exemplo da vivência dessa mesma espiritualidade no mundo de hoje.
Santa Maria Goretti nasceu em Corinaldo, na Itália, a 16 de Outubro de 1890, de uma família humilde. A sua infância foi bastante dura, decorreu perto de Nettuno, e durante esse tempo ocupou-se em ajudar a sua mãe nas tarefas domésticas; era de índole piedosa, como o demonstrava a sua assiduidade na oração.
No ano de 1902, a 5 de Julho, foi posta à prova na defesa da sua castidade. Ante o jovem vizinho que a tentou violentar, preferiu morrer do que pecar: o jovem que a violentava pôs termo à sua vida, agredindo-a com uma navalha. Maria Goretti perdoou ao seu agressor, antes de falecer no dia seguinte.
Foi canonizada por Pio XII a 24 de Junho de 1950, e em cuja celebração estiveram presentes a sua mãe e o seu assassino.
Os Passionistas que se ocuparam do seu processo de beatificação zelam o Santuário de Nettuno, onde se veneram os seus restos mortais.