No passado dia 11 de maio, o Voluntariado Passionista participou na celebração do Dia Diocesano da Catequese em Darque, Diocese de Viana do Castelo, a convite da Irmã Teresa, para dar testemunho sobre o “Ser Missionário” e, em particular, sobre a Missão da Congregação Passionista em Angola.
No Centro Pastoral Paulo VI, perante um auditório bem composto com crianças e jovens de todas as idades, seus pais e catequistas, o desafio foi grande: chegar a todos os corações.
Através da visualização de um vídeo sobre a Missão Ad Gentes realizada por voluntárias do Grupo, os presentes puderam ver e sentir, ainda que à distância, a realidade de Calumbo, tão diferente da nossa: as casas são feitas de chapa, as ruas não são alcatroadas, as crianças brincam na rua com garrafas cheias de areia e pneus usados, as roupas não são “da moda” e por vezes não há uma refeição quente por dia.
No vídeo, contamos com o testemunho do Padre Nuno Almeida, reitor do Santuário de S. José de Calumbo, Missionário há 33 anos, Padre há 25, dos quais 12 em Missão em Calumbo, e do Padre Bruno Dinis, pároco da Comunidade de S. José de Calumbo, Missionário há 21 anos, Padre há 15.
Após a visualização do vídeo, as voluntárias do Grupo falaram sobre os projetos desenvolvidos para a missão e sobre a importância do trabalho que é feito a partir do local onde nos encontramos. Foi também assinalada a importância da vida consagrada, pois só o desejo de ser fiel à palavra de Deus e de doação plena da sua vida aos outros levou (e continua a levar) Missionários oriundos de toda a parte do mundo até aos povos mais fragilizados, aí permanecendo para com eles caminhar na dignificação das suas condições de vida.
O testemunho foi muito participado e, ao longo de quase 1:30H de conversa, que passou a voar, várias crianças e jovens aproveitaram a presença das voluntárias para perguntar sobre o que mais as impressionou: as casas feitas de chapas, a falta de recolha do lixo, as condições degradadas das escolas, as roupas visivelmente rompidas, a pobreza e a falta de alimentação. Os mais velhos trouxeram preocupações relacionadas com o trabalho infantil, com os conflitos e tensões religiosas e com a dificuldade no envio de materiais garantindo que o mesmo chega ao destino.
Foi um dia repleto, cheio de emoções, que contou ainda com uma visita muito breve à Comunidade Passionista de Barroselas para um almoço partilhado.
Já ao entardecer, o Grupo regressou a casa com um sentimento de alegria pois, ainda que de forma leve, as sementes hoje lançadas à terra podem germinar e quem sabe daqui a alguns anos gerar o interesse pela Missão.
Terminamos com o testemunho dos Missionários Pe. Nuno Almeida e Pe. Bruno Dinis, que deixamos para reflexão: “ser Missionário é dar-se e gastar-se como uma vela; ser luz, derreter-se e dar-se aos outros” e “ser Missionário em Angola é ser um irmão ao lado dos manos”.
O Grupo do Voluntariado Passionista faz um agradecimento especial aos Missionários da Congregação Passionista que neste momento estão em Missão em Angola.