Já há algumas semanas que as notícias da saúde debilitada do D. Francisco da Mata Mourisca nos iam causando alguma preocupação. Se por um lado havia sinais de algumas melhoras, por outro lado sabíamos que a situação podia facilmente reverter. E foi isso mesmo que aconteceu e a notícia que menos esperávamos chegou: D. Francisco faleceu às 18h45 no Hospital Cardeal D. Alexandre, em Luanda.
De nome civil, José Moreira dos Santos, D. Francisco da Mata Mourisca nasceu a 12 de outubro de 1928, na então freguesia de Mata Mourisca, de onde lhe vem o sobrenome religioso.
Em 1967, o Papa Paulo VI erigiu a Diocese de Carmona-São Salvador, mais tarde Diocese do Uíje, no norte de Angola e “nomeou como primeiro bispo da mesma, o padre Fr. Francisco da Mata Mourisca, com apenas 39 anos de idade”, tendo a ordenação episcopal acontecido na igreja dos Capuchinhos do Amial, Porto, no dia 30 de abril de 1967, sendo bispo sagrante o núncio apostólico, D. Maximiliano de Furstemberg.
O bispo capuchinho serviu a diocese durante 41 anos, tendo continuado a residir no Uíje como bispo emérito, e a “servir a Igreja em Angola”, nomeadamente na “Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso”.
Foi D. Francisco que em 1991 acolheu a nossa Congregação em Angola, à data foi-nos concedido a presença na missão católica de Quimbele. A nossa presença foi mais tarde transferida para a cidade do Uíje, correspondendo assim à vontade do próprio Bispo que queria que a nossa presença estivesse mais perto da cidade do Uíje.
